Um em cada cinco brasileiros é hipertenso. A
prevalência do problema aumenta com a idade. A doença atinge 2,8% das pessoas
de 18 a 29 anos e 55% dos idosos com mais de 75 anos. É o que revela a Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS), feita pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde em 80.000
domicílios de 1.600 municípios do Brasil, entre agosto de 2013 e fevereiro de
2014.
Os dados divulgados nesta quarta-feira (10) mostram
que 40% da população adulta apresenta ao menos uma doença crônica não
transmissível, como hipertensão e diabetes. Essas condições, juntas, causam 72%
das mortes no país e são mais prevalentes entre o sexo feminino: afetam 44,5%
das mulheres, ante 33,4% dos homens.
Dos 80 mil domicílios visitados pelo IBGE, moradores
de 62.986 aceitaram responder ao questionário. Na pesquisa, os entrevistadores
mediram peso, altura, circunferência da cintura e pressão dos participantes.
Também foram coletadas amostras de urina e sangue de 25% deles para que um
laboratório fizesse a análise. Os dados são baseados nos relatos dos
entrevistados. Uma segunda fase trará os resultados dos exames de sangue, urina
e aferição da pressão arterial dos brasileiros.
Saúde
cardíaca
O estudo também aponta que 4,2% dos brasileiros têm
alguma doença cardiovascular, sendo que 1,5% afirmou já ter sofrido um acidente
vascular cerebral (AVC). Um dos fatores de risco para o problema, além da
hipertensão, são os níveis elevados de colesterol, que afetam 12,5% dos adultos
do país. A diferença da taxa entre mulheres e homens é significativa: 15%, ante
9,7%. Já o diabetes acomete 6,2% das pessoas com mais de 18 anos. Entre idosos
acima dos 75 anos, a taxa da doença é próxima de 20%.
Ainda segundo o estudo, 1,8% da população adulta
vive com o diagnóstico de um câncer, sendo os tipos mais prevalentes o de mama,
pele, próstata e colo do útero. Essa prevalência é de 7,7% entre as pessoas
maiores de 75 anos.
Dores
A pesquisa indicou que as dores crônicas na coluna
afetam uma grande parte da população adulta do país: 18,5% apresentam o
problema, especialmente dores na região lombar. A doença está ligada com o
avanço da idade: atinge 26,6% das pessoas acima dos 60 anos e 8,7% das com
idade entre 18 e 29 anos.
Já a depressão foi diagnosticada em 7,6% da
população. A prevalência entre mulheres é mais do que o dobro do que entre
homens (10,9%, ante 3,9%). No entanto, segundo a pesquisa, menos da metade
(46,6%) dessas pessoas recebeu assistência médica no último ano.
Regiões
Segundo a PNS, a população da região Sul foi aquela
que apresentou maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis
(47,7%), seguida pela da região Sudeste (39,8%), Centro-Oeste (37,5%), Nordeste
(36,6%) e Norte (32%). (Portal do
Consumidor)
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