A carceragem municipal do Rio Verde, em Parauapebas,
vem sendo dirigida, desde a última segunda-feira (15), por Arnaldo de Mello
Henriques Neto (foto), que veio designado pela Superintendência do Sistema
Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) para dar continuidade ao trabalho que
vinha sendo realizado após o órgão sofrer a intervenção que resultou na saída
da então diretora Maíra Sousa.
Arnaldo Neto começou trabalhando como agente
prisional e foi chefe de segurança antes de chegar ao cargo de direção que
exercia na unidade penal de Capanema, até vir para o sudeste do Pará.
Ele chega com uma missão complicada de se enfrentar.
A cadeia do Rio Verde, construída para abrigar 45 homens, é conhecida pelo
excesso de fugas e superlotação. Atualmente, ela está abrigando 115 apenados.
“Há aqui um grande histórico de fugas e outras
situações que perturbam a disciplina interna e a ordem pública, mas isso já foi
corrigido pelo interventor, pois antes havia uma gestão independente do órgão
que regula as diretrizes de manual operacional. Essas diretrizes foram
ajustadas para que se evite esse tipo de situação”, declarou Arnaldo Neto.
O novo diretor acrescenta que em sua gestão será
intensificado o trabalho com o intuito de inibir essas ações por parte dos
internos. “Meu lema de trabalho é ordem, disciplina e justiça. Aquilo que é
direito vamos fazer o máximo possível para que todos os privados de liberdade
tenham, para que possam também cumprir seus deveres", completou.
Arnaldo Neto vê o trabalho de reintegração do preso
ao ambiente social como um dos mais árduos da segurança pública. “É difícil, mas
vamos fazer isso dentro do que a lei de execuções prevê. Estamos ainda com o
objetivo de contribuir e fortalecer os laços com o Poder Judiciário e outros
órgãos de segurança pública, para que a sociedade alcance benefícios disso”,
defendeu.
Por fim, o diretor da carceragem agradeceu o empenho
do juiz Líbio Moura, da Comarca de Parauapebas, em dar atenção especial aos
processos dos internos da cadeia. “Quero agradecer ao juiz que tem se empenhado
em rever os processos e dado atenção especial à situação processual. Isso tem
sido um ponto fundamental para a queda dessa população carcerária”, frisou.
O diretor aguarda a conclusão das obras da nova
unidade prisional que está sendo construída no município. “Acredito que no início
do ano serão retomadas e intensificadas as obras da penitenciária, para que
essa unidade do Rio Verde seja desativada e todos comecem a ser direcionados
para o novo presídio. Porém, não temos informações de datas de inauguração”, ponderou.
(Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)
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