A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira
(16) a Operação Leviatã, que tem como objetivo o cumprimento de seis mandados
de busca e apreensão expedidos pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal (STF), referentes a inquérito instaurado decorrentes de provas obtidas
pela Operação Lava Jato.
As investigações apuram o pagamento de propina a
dois partidos políticos, no percentual de 1% sobre as obras civis da
Hidrelétrica de Belo Monte, por parte das empresas integrantes do consórcio construtor.
Um dos principais alvos de investigação da operação
é o ex-senador Luiz Otávio Campos (PMDB-PA). Na casa do político foram
apreendidos documentos, mídias diversas como CDs e DVDs, além de um computador,
todos para procedimento investigatório.
O senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em junho de
2016, entrou na lista dos investigados da mesma operação por conta de inquérito
aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar desvios e propinas na
obra de Belo Monte. Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir
Raupp (PMDB-RO) também entraram na lista dos senadores investigados.
Em entrevista dada ao site O Antagonista, Jader
Barbalho afirma que desconhece as razões que levaram aos mandados expedidos
pelo STF de busca e apreensão do ex-senador Luiz Otávio.
"Não tenho nada a acrescentar, porque desconheço
isso por completo. Não tenho a menor ideia do que seja isso. Não posso te
ajudar com nenhuma declaração. Tomei conhecimento que teria tido busca e
apreensão, mas desconheço as razões", enfatiza Jader Barbalho.
Ao ser questionado sobre ter o nome citado em 2016
nas investigações e sobre propinas recebidas na obra, Jader nega
veementemente as acusações. "Claro que não. Eu nunca recebi p* nenhuma,
essa é a expressão. Se o papa Francisco estivesse atuando por aqui, era
possível que aparecesse algum filho da p* pra citar o nome dele. Eu nunca
recebi absolutamente nada, zero", conclui.
As buscas e apreensões estão sendo feitas pela PF
nas residências e escritórios dos envolvidos, em Belém, Rio de Janeiro e
Distrito Federal.
De acordo com o grau das suas participações e
envolvimento, os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção,
lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As informações mais
detalhadas ainda estão sob segredo de justiça. (Fonte: ORM News)
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