Basta a temperatura cair para muita gente sacar de
bolsos e gavetas os frascos de descongestionantes nasais. Com a chegada de
noites mais frias, a incidência de gripes, resfriados e alergias respiratórias
aumenta. Um prato cheio para apelar para tais medicamentos. No entanto, o
hábito de pingar continuamente o remédio no nariz, além de viciar, mascara um
enorme perigo para a saúde do coração.
Em longo prazo, os efeitos dos descongestionantes
elevam o risco de trombose e formação de coágulos. Na mucosa nasal, o uso
abusivo provoca uma reação inflamatória, fazendo com que seja preciso
quantidades cada vez maiores do remédio para se obter bem-estar.
“O alívio da congestão nasal é imediato. Por isso, a
pessoa acha que está fazendo um grande negócio. Mas é só um paliativo”, alerta
o otorrinolaringologista Jair de Carvalho e Castro, do Hospital Samaritano do
Rio.
Segundo o médico, o correto é buscar ajuda para
descobrir e tratar a causa do entupimento das narinas, que pode ser sinusite,
desvio de septo ou pólipo nasal, entre outras.
Lavar as narinas com soro fisiológico ou solução de
água com sal e bicarbonato é uma boa alternativa para aliviar a congestão sem
remédios, ensina Jair de Carvalho e Castro.
Para quem já se viciou nos descongestionantes, o
tratamento é feito com medicamentos orais e injetáveis que visam à recuperação
da mucosa do nariz. (Fonte: Extra)
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