Tosse há mais de três semanas, febre no final do dia
e dor no corpo podem ser sintomas da tuberculose, uma doença que alcança
milhões de pessoas em todo o mundo e pode levar à morte. Com o objetivo de
alertar a população quanto à importância de buscar os serviços de saúde logo
que os sintomas aparecerem, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) realiza uma
campanha de combate à doença.
De acordo com a enfermeira Michelle Ferreira,
coordenadora municipal do programa de combate à tuberculose, durante todo o ano
ações são realizadas para sensibilizar a população, porém, durante a campanha,
que ocorre em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, 24 de março, elas
serão intensificadas.
Palestras e orientações para usuários das unidades
de saúde, além de encaminhamento para realização de exame para diagnóstico da
doença, são realizadas durante toda esta semana. Estão sendo veiculados na
mídia local vídeos e áudios alertando à população sobre a doença.
Segundo Michelle Ferreira, todos os profissionais
das Unidades de Saúde da Família (USF) foram capacitados em 2014 para atuar na
detecção dos casos e respectiva busca ativa de pacientes. “Estudos apontam que
cerca de 30% da população mundial tem a bactéria. Isso não implica dizer que
elas estão com a doença, porém, com a baixa da imunidade ela pode ser
desenvolvida”, acrescenta a enfermeira.
Tuberculose
A tuberculose é uma doença curável, infecciosa e
transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. Anualmente, são
notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de
um milhão de pessoas a óbito. O surgimento da aids e o aparecimento de focos de
tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário.
No Brasil, a tuberculose é um sério problema da
saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano são notificados
aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da
doença. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do
total de casos de tuberculose no mundo.
Nos últimos 17 anos, a tuberculose apresentou queda
de 38,7% na taxa de incidência e 33,6% na taxa de mortalidade. A tendência de
queda em ambos os indicadores vem-se acelerando ano após ano em um esforço
nacional, o que pode determinar o efetivo controle da tuberculose em futuro
próximo, quando a doença poderá deixar de ser um problema para a saúde pública.
A descentralização do tratamento para a atenção básica
pode ser apontada como uma das causas da redução nos índices da doença. O
Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente o tratamento contra a
tuberculose. Para atingir a cura, o paciente deve realizá-lo durante seis
meses, sem interrupção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que,
atualmente, existam no mundo nove milhões de casos novos da doença.
O principal sintoma da tuberculose é a tosse por
mais de três semanas, com ou sem catarro. Qualquer pessoa com esse sintoma deve
procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. São mais vulneráveis à
doença as populações indígenas, presidiários, moradores de rua - estes devido à
dificuldade de acesso aos serviços de saúde e às condições específicas de vida
-, além das pessoas vivendo com o HIV. (Ascom
PMP)
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