A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) promete
intensificar o monitoramento nos preços do transporte aéreo, a partir de agora.
De acordo com a secretária nacional do Consumidor (Senacon), Juliana Pereira da
Silva, os representantes das companhias Gol, TAM, Azul e Avianca se
comprometeram a usar absoluta clareza nas informações de preços, rotas e demais
informações para o usuário.
O compromisso foi firmado durante reunião com o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que envolveu as empresas, a Anac, o Instituto
Brasileiro de Turismo (Embratur) e representantes dos ministérios da Fazenda,
do Turismo e da Casa Civil da Presidência da República. Todos com o objetivo de
esclarecer informações divergentes sobre reajustes de preços das passagens
aéreas nos últimos anos.
Enquanto o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) fala em reajuste real (acima da inflação) de 131,5% de 2005
a 2012, a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) sustenta que o preço
médio da passagem caiu de R$ 575,47 para R$ 294,83 no período analisado, com
redução nominal de R$ 280,64 (-48,77%), anteinflação de 50,17%.
Depois da reunião, Juliana Pereira frisou que o
importante é que haja clima de tranquilidade na oferta do serviço aéreo, tanto
em tempos de normalidade como em períodos de maior demanda, por exemplo,
durante a Copa do Mundo de 2014, que coincidirá com época de férias. Ela
alertou que “qualquer prática de preço abusivo será coibida”.
Participaram também da entrevista com a imprensa o
presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, e o diretor-presidente da Anac, Marcelo
Guaranys. Sanovicz avisou que é preciso muito cuidado nas análises de preços,
pois não se pode medir preços com base em projeções, que nem sempre são
operadas. Como os preços de passagens têm comportamento dinâmico, e podem mudar
a qualquer momento, dependendo da demanda, a comparação deve ser pelas tarifas
efetivamente comercializadas.
Quanto à preocupação com possível aumento da demanda
de passageiros na Copa do Mundo, ele destacou, com base nos dois últimos
torneios de futebol (Alemanha, em 2006, e África do Sul, em 2010), que durante
a Copa o tráfego aéreo diminui. Em caso de necessidade de mais frequências de
voos para as cidades-sede de jogos, em datas específicas, é só botar voos
extras, de acordo com a demanda.
“Não haverá”, segundo ele, “uma malha aérea para a
Copa”. Até porque só 25% a 28% dos voos serão impactados pelos jogos, em rotas
específicas. O cenário não é, portanto, para correr e se antecipar na compra de
passagens na época da competição da Federação Internacional de Futebol (Fifa),
até porque nem foi feito ainda o sorteio dos dias de jogos em cada cidade,
destacou Eduardo Sanovicz. (Fonte: Agência
Brasil)
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