terça-feira, 3 de abril de 2012

Garis cruzam os braços durante um dia em Parauapebas

Fotos: Ronaldo Modesto e Waldyr Silva


Reivindicando reajuste salarial, cesta básica, pagamento de insalubridade, redução no desconto na folha de pagamento do plano de saúde e outras melhorias sociais, cerca de 300 garis contratados da empresa Clean Gestão Ambiental que fazem a limpeza pública das ruas de Parauapebas paralisaram suas atividades no último sábado (31), ameaçando deixar a cidade sem recolhimento de lixo.

Durante todo o sábado os trabalhadores responsáveis pela limpeza da cidade permaneceram reunidos na frente da empresa, no Bairro Beira Rio, enquanto a direção da Clean negociava com uma comissão formada por uma dezena de garis.

Em conversa com a reportagem, o gari Domingos Melones explicou que o piso salarial da categoria chega hoje a R$ 678,00, mas os trabalhadores querem ampliar este valor para pelo menos R$ 1.000,00, entre outras vantagens. Eles recebem também a importância de R$ 270,00 de insalubridade.

Domingos Melones acrescenta que há alguns meses os funcionários da empresa vêm tentando negociar melhores condições de trabalho junto à direção da empresa, mas não estariam sendo atendidos, por isso cerca de 90% dos coletores de lixo resolveram cruzar os braços no último sábado (31), com o objetivo de pressionar a empresa Clean Gestão Ambiental a atender aos pleitos dos empregados...

O trabalhador Anastácio Dias Cabral explica que o empregador desconta em folha de pagamento acima de 50% do plano de saúde, o que ele considera “absurdo”, por entender que os trabalhadores precisam do plano, pois prestam serviço em alto risco de insalubridade, com muitas possibilidades de contrair doenças.

Ainda de acordo com os trabalhadores de limpeza pública, eles recebem por mês uma cesta básica da empresa avaliada no valor de R$ 132,00, mas eles querem dobrar este valor em pelo menos 50%, para cegar em 200 reais.

No sábado pela manhã, a reportagem tentou conversar com a direção da empresa, mas não foi atendida, sob a alegação de que ainda estavam negociando com os grevistas. Nesta segunda-feira (3), depois do encerramento da paralisação, a empresa novamente não quis falar à imprensa para informar o que concedeu para os grevistas retornarem ao trabalho. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)

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