sábado, 18 de dezembro de 2010

Presidente de associação denuncia invasão de entidade à Câmara

Fotos: Ronaldo Modesto

Maria do Amparo


Lídia Araújo

A atual presidente da Associação Clube de Mães do Bairro Jardim Novo Horizonte, em Parauapebas, Maria do Amparo Batista, enviou ofício nº 005/10 à Câmara Municipal de Parauapebas, denunciando que a ex-presidente da entidade, Elismar Marques Araújo, popularmente conhecida por “Lídia”, invadiu pela terceira vez a sede da creche da instituição para se beneficiar, onde estaria ministrando aula para crianças e adolescentes, cobrando mensalidades dos alunos.

No ofício, datado de terça-feira (14) e lido no plenário da Câmara na mesma data, Maria do Amparo diz que, mesmo afastada do clube há mais de seis anos, a ex-presidente vem usando o nome da entidade para se beneficiar, construindo, inclusive, salas de aula na creche e transformando o local em escola particular para ministrar aula cobrando mensalidade dos alunos.

A presidente do clube explica ainda no documento aos vereadores que a justiça já havia alertado à ex-presidente para ela não fazer nenhuma construção na creche, enquanto a situação não fosse resolvida, mas “Lídia” não dera ouvido à determinação judicial.

À reportagem do CT, Maria do Amparo acrescentou que por causa do impasse com a ex-presidente ela está impossibilitada de renovar os convênios com a Prefeitura de Parauapebas para funcionamento da escola infanto-juvenil e do Programa Pró-Jovem, que funcionavam justamente nas dependências da creche.

Maria do Amparo acusa ainda Lídia de ter cortado a água que serve a outra parte da associação, prejudicando o andamento das outras atividades da instituição, e ainda vedado janelas e portas que dão acesso à creche.

Procurada pelo jornal na quarta-feira (15), “Lídia” Araújo negou que tenha invadido as dependências da creche, justificando que se apoderou de uma propriedade que lhe pertence, porque, segundo ela, o prédio da creche foi construído por ela em terreno dela.

“Lídia” Araújo fez questão de exibir à reportagem cópia de documento de compra e venda em seu nome do lote onde se encontra edificado o prédio da creche, datado de 17 de maio de 2002 e registrado no então cartório Alberto Santis em 23 de maio do mesmo ano.

A ex-presidente do Clube de Mães admite que isolou o acesso do principal prédio à creche e também que suspendeu o fornecimento de água, “porque sou eu quem pago a água e não quero mais nada com a associação”.

Quanto à cobrança de mensalidades de estudantes, “Lídia” Araújo admite que faz isso, sim, porque a escola é particular e lhe pertence, e não ao clube. Disse ainda que ela está celebrando convênio com outras instituições de ensino para ampliar as atividades da escola-creche. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva, Correio do Tocantins)

Nenhum comentário: