sábado, 10 de fevereiro de 2007

O renascimento do Brasil

Deputada federal Fátima Cleide (PT-RO) - O PT aproxima-se da terceira década de sua existência situado entre os quatro maiores partidos do país, e conta com uma base social invejável, construída na política plural que marca sua trajetória desde memorável origem.
A reeleição do presidente Lula amplia a responsabilidade do PT para com os destinos da sociedade brasileira, e a unanimidade de seus militantes, lideranças regionais e expressões parlamentares é a de que não se pode perder a oportunidade histórica do reencontro do Brasil com o crescimento da economia, travada há décadas porque deliberadamente a elite dirigente deu as costas para a população.
Com o PT e o presidente Lula no governo é cristalina a direção de oferecer ao Brasil uma inserção soberana nas relações comerciais que mantém com diversos países, uma inserção que estimula e orienta a consolidação do Mercosul, uma inserção baseada nos princípios da igualdade entre os Estados, com autodeterminação dos povos, com a não-intervenção, como rege a nossa Constituição.
Ficou para trás a triste memória de um chanceler que se submeteu ao FBI e por três vezes tirou os sapatos em aeroportos dos EUA, tratamento de modo algum dispensado a diplomatas de outros países, e debilmente rechaçado pelo governo brasileiro de então.
É cristalina a direção que estimula a rica produção cultural popular existente em todas as regiões, que reduz os efeitos da desigualdade secular imputada a expressiva parcela da população. Pela primeira vez, em muito tempo, registra-se a redução da pobreza, maior número de pessoas na classe média e o aumento do emprego formal.
Neste início de segundo mandato do presidente Lula, o Plano de Aceleração do Crescimento, PAC, aglutina forças e alianças que sabem ser indispensáveis injetar significativo volume de recursos públicos na economia para o país crescer.
Como já disse, é redobrada a responsabilidade do PT para com o destino da sociedade brasileira. Atuar para que o PAC não seja mais uma sigla como disse um deputado recém-empossado na Câmara dos Deputados é tarefa primeira de todos que militamos na trincheira de uma política partidária homogênea, que se apresenta com a mais transparente, apaixonante e polêmica legenda, com tradição democrática indiscutível.
A agenda que prevê investimentos de quase 504 bilhões de reais até 2010, com prioridade para infra-estrutura - portos, aeroportos, hidrelétricas e rodovias -, é agenda associada aos festejos de 27 anos de existência do PT em Salvador. Assim deve ser.
O PAC exigirá certamente aperfeiçoamentos, e as medidas legislativas que o amparam prenunciam intensos debates no Congresso Nacional. Tímido para alguns, ele representa, em realidade, o renascimento de uma nova fase para o Brasil, gigante que após quatro anos de administração petista exibe musculatura econômica e indicadores sociais infinitamente superiores a 2002, condição favorável para a adoção das medidas previstas no PAC.
Com maior queda nos juros e desoneração da carga tributária, suas chances de sustentação, com apoio da iniciativa privada nos investimentos elencados, são redobradas.
Vamos à festa bafejados pelo otimismo, e com o espírito de guerreiros que sempre norteou nossa existência.

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