sexta-feira, 24 de outubro de 2014

COLUNA LINHA CRUZADA (14)

Imprensa assustada I
Profissionais de imprensa ainda estão assustados com a tentativa de homicídio contra a vida do jornalista Francisco James Canário dos Santos, conhecido por Frank James, atual presidente da Associação de Imprensa e Comunicação de Parauapebas (Aicop). A tentativa de homicídio ocorreu por volta de meio dia do último sábado (18) nas dependências da sede da entidade, localizada na Rua Marabá, Bairro da Paz, onde também funciona a sede do Jornal Tabloide, de propriedade de Frank James.
Imprensa assustada II
Segundo revelou o jornalista, o homem que estava pilotando uma motocicleta Biz de cor preta entrou na sede da Associação de Imprensa, deparou-se com um dos filhos dele e perguntou onde o pai estava e ele informou que estava na cozinha do imóvel. Chegando lá, ainda de acordo com Frank, o elemento, muito nervoso, apontando uma arma de fogo, disse as seguintes palavras: “É você mesmo, vagabundo. Agora tu vai ver o que é bom”. Ao afirmar ao desconhecido que a polícia tinha chegado, Frank James conseguiu fugir do local, pulando o muro e caindo em cima do telhado da casa vizinha.
Coincidência
Coincidentemente, a tentativa de homicídio ocorreu um dia depois de uma dezena e meia de profissionais de imprensa ter impetrado uma ação popular no Fórum de Justiça local para que se investigue a existência de supostos funcionários fantasmas encontrados na folha de pagamento da Câmara de Parauapebas, que tem como presidente o vereador e professor Josineto Feitosa (SD). O protocolo da ação popular foi registrado sob o nº 0011099-89.2014.8.14.0040.
‘Fantasmas’ na Câmara
Na sessão ordinária de terça-feira (21), dezenas de populares chegaram ao auditório da Câmara Municipal de Parauapebas vestidas de fantasma, exigindo esclarecimentos da Mesa Diretora do Legislativo sobre a denúncia da suposta existência de servidores fantasmas na folha de pagamento. A presença dos “fantasmas” na sessão da Câmara chamou a atenção de outras pessoas que costumam assistir às reuniões semanais dos vereadores.
Mais de 427 funcionários
Patrocinada pelo advogado Carlos Viana Braga, a ação popular, que está sendo analisada pela juíza Adelina Luiza Moreira Silva e Silva, titular da 4ª Vara Cível de Parauapebas, apresenta à Justiça uma relação de 427 funcionários lotados na Câmara Municipal e a suspeita de que pelo menos quatro destes servidores jamais prestaram qualquer tipo de serviços na ou à Câmara e/ou acumulam função em outros órgãos públicos concomitantemente à CMP.
Folha de pagamento
O valor da folha de pagamento da Câmara Municipal de Parauapebas é de aproximadamente R$ 1,5 milhão distribuído entre 427 funcionários que recebem entre R$ 2,1 mil e R$ 18,6 mil mensais. A ação popular solicita comprovação de que os funcionários lotados na CMP realmente lá trabalham e, liminarmente, pede o afastamento do presidente Josineto Feitosa, para que este não atrapalhe as investigações.
Frank James desiste
No início da noite de terça-feira (21), Frank James informou num grupo de whatsapp que havia retirado o nome dele da ação popular: “Pelo que eu e minha família passamos, não temos como opinar em nada, apenas se afastar de tudo que possa trazer qualquer transtorno. Estou assustado com tudo, meus filhos e minha esposa não dormem direito e até hoje lembram o bandido apontando uma arma cheia de bala a ponto de tirar minha vida. Somente quem nunca passou por isso não tem noção do que seja. Não atribuo a nada, mas neste momento não quero saber de nada contra ninguém. Não tenho nervos e nem mesmo condições psicológicas. Está sendo muito difícil para mim e minha família”, justificou.
Segundo turno das eleições
Neste domingo (26), ocorre o segundo turno das eleições para presidente da República e governador do Estado do Pará, tendo como candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), para presidente; e Simão Jatene (PSDB) e Helder Barbalho (PMDB), para governador. É hora de votarmos com a consciência de estarmos escolhendo o melhor candidato para comandar os destinos do país e do estado nos próximos quatro anos.

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