quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Pesquisadores da Embrapa desenvolvem plástico filme comestível

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveram um plástico filme comestível que pode ser produzido a partir de alimentos como espinafre, mamão, goiaba e tomate. As características do produto (resistência, textura e capacidade de proteção), no entanto, são muito similares às de um papel-filme convencional.
A pesquisa foi desenvolvida pela Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio (AgroNano) da Embrapa e recebeu investimentos de R$ 200 mil. Os trabalhos foram coordenados pelos pesquisadores Luiz Henrique Capparelli Mattoso e José Manoel Marconcini.
“É uma forma de processamento de alimento na forma de filme, mas eles têm características similares aos filmes convencionais, seja a diminuição da passagem de gases ou do contato com outros organismos. É algo que não deixa você ter contato direto com o alimento”, destaca o líder da Rede de Pesquisa de Nanotecnologia para Agronegócio da Embrapa, Cauê Ribeiro.
Aves envoltas em sacos que contêm o tempero em sua composição, sachês de sopas que podem se dissolver com seu conteúdo em água fervente, goiabadas vendidas em plásticos feitos de goiaba e sushis envolvidos com filmes comestíveis no lugar das tradicionais algas são algumas possibilidades imaginadas pela equipe da Embrapa para aplicar a nova tecnologia.
Usados como matéria-prima do filme, os alimentos passam pelo processo de liofilização – tipo de desidratação em que, após o congelamento do alimento, toda a água contida é transformada do estado sólido diretamente ao gasoso, sem passar pela fase líquida. O resultado é um alimento completamente desidratado, mas com propriedades nutritivas.
O processo pode ser aplicado aos mais diferentes alimentos como frutas, verduras, legumes e até alguns tipos de temperos. Os pesquisadores adicionaram quitosana, um polissacarídeo formador da carapaça de caranguejos, com propriedades bactericidas – o que pode aumentar o tempo de prateleira dos alimentos.
“O tempo para chegar ao mercado depende muito do tipo de alimento o do tipo de parceria que a gente vai desenvolver com empresas. Temos de dar ênfase é no processo para fabricar esses itens”, destaca Ribeiro. (Fonte: Agência Brasil)

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