quarta-feira, 23 de julho de 2014

Cerveja no passado era considerada um tônico para saúde

Imagens: Shutterstock

A fama da cerveja como elixir milagroso é pra lá de antiga. Ou você vai dizer que nunca ouviu falar que a cerveja faz bem para quem está amamentando?
No passado, a cerveja era considerada um tônico vital para a saúde. Seu consumo, inclusive, era recomendado para gestantes, lactantes e até mesmo crianças. Segundo se acreditava, a bebida era um ótimo fortificante e tinha propriedades capazes de curar a anemia. E mais: no final do século 19 e início do 20, diversas campanhas publicitárias chegaram a se apoiar nessas crenças para comercializar o produto.
Com isso em mente, Renan Suchmacher nos enviou uma série de informações bem interessantes sobre o passado “medicinal” da cerveja. Ele conversou com a nutricionista Mônica Maia, da Oncoclínica (localizada no Rio de Janeiro), que esclareceu de onde é que tiraram essa ideia de receitar a bebida como tônico para mães que estejam amamentando e para curar criancinhas anêmicas.
A ciência por trás da crença
Segundo Mônica, a ideia de receitar a cerveja como “remédio” não surgiu em nenhuma mesa de bar e tem embasamento científico. O levedo da bebida é rico em vitaminas do complexo B, que são compostos importantes para prevenir e tratar casos de anemia. Essa disfunção afeta a capacidade do sangue de transportar oxigênio para os tecidos. Alguns dos sintomas mais comuns nos casos mais leves são fraqueza, cansaço, tontura, palidez e falta de apetite.
Além disso, como a cerveja é rica em calorias, seu consumo era recomendado para aumentar a produção de leite de lactantes, assim como para crianças em fase de crescimento, já que nas duas situações o consumo de energia pelo organismo é bastante alto.
Mas...
Contudo, de acordo com a nutricionista, hoje se sabe que em vez de a cerveja “curar” a anemia, ela provoca uma piora no quadro. Conforme explicou, o álcool presente na bebida aumenta a demanda de vitaminas do complexo B pelo fígado, provocando uma redução na disponibilidade desses compostos para o resto do organismo.
Para piorar, ao contrário do que se acreditava, o álcool da cerveja prejudica o sistema imunológico, interfere na absorção de vitaminas e minerais pelo organismo e, consequentemente, afeta o desenvolvimento estatural e psicomotor das crianças.
Assim, a verdade é que atualmente os médicos contraindicam o consumo de cerveja como fortificante para a molecada ou para aumentar o leite de mulheres que estão amamentando. (Fonte: Mega Curioso)

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