Acompanhe
entrevista do prefeito de Parauapebas, Valmir Queiroz Mariano, sobre ações desenvolvidas em 2013
EDUCAÇÃO
Fotos: Anderson Souza e Irisvelton Silva
Prefeito,
no início do mandato, o senhor anunciou que uma das prioridades do seu governo
seria a educação. O que foi feito em 2013?
Valmir
Mariano – Este ano, já inauguramos seis unidades
educacionais, sendo três na zona rural e três na zona urbana. Outras três
escolas já estão construídas e serão entregues à comunidade no início do ano
letivo de 2014, uma no Bairro dos Minérios e duas no Rio Verde. Além isso, mais
cinco escolas continuam em construção, com término previsto para o ano que vem.
Temos mais oito em processo de licitação e abriremos mais licitações para
construção de novas escolas no próximo ano. Oferecemos formação continuada para
toda a rede, com aproximadamente 2.300 professores; incentivamos o desporto
estudantil com os Jogos Interescolares de Parauapebas (JIPs) e, recentemente,
adquirimos 103 ônibus escolares que deverão atender aos nossos alunos em 2014.
Apesar
disso, ainda existem anexos e o turno intermediário. Há previsão para resolver
esta questão?
VM
– Todos os anos, o grande número de alunos que entram na rede municipal de
educação aumenta a demanda por vagas. Mesmo assim, já começamos a eliminar os
anexos com a construção de novas escolas em 2013 e faremos muito mais no ano
que vem. Eliminar os anexos e o turno intermediário foi compromisso que assumi
e que vou cumprir. Nossa expectativa é que até o final do ano que vem todos os
alunos estudem em escolas de qualidade e não precisem mais recorrer aos anexos.
Infelizmente, o turno intermediário é uma realidade muito antiga e um problema
que vai levar um pouco mais de tempo a ser resolvido, mas até 2015 vamos
extinguir esse turno e garantir mais conforto e qualidade no desenvolvimento da
educação em nossas escolas.
E
sobre o ensino superior?
VM
– Este ano, firmamos convênio com a Universidade Federal do Pará (UFPA) para
trazer os cursos de Direito, Engenharia Civil e Engenharia Mecânica. Mas
Parauapebas ganhou muito mais este ano. Só para citar um exemplo, além das 150
vagas da UFPA, o município recebeu mais 160 vagas destinadas aos professores
que dão aula na rede pública, por meio do Plano Nacional de Professores da
Educação Básica (Parfor). Os cursos são Licenciatura em Matemática, História,
Pedagogia e Teatro. Além disso, continuamos os trabalhos em parceria com a UFPA
e a Vale para a implantação de um polo da universidade no município e, em um
futuro próximo, um novo campus universitário.
SAÚDE
A
saúde é um campo sensível em Parauapebas. Quais foram os principais desafios
enfrentados pela prefeitura nesta área?
VM
– Um dos grandes desafios foi acompanhar a demanda por atendimento nas Unidades
Básicas de Saúde (UBSs) e no Hospital Municipal de Parauapebas (HMP): a média
mensal foi de 12 mil pacientes no HMP e de 90 mil nas Unidades de Saúde. Também
tivemos que melhorar a estrutura do hospital e das UBSs, contratar mais
profissionais para melhorar o atendimento, além de trabalhar com saúde
preventiva.
E
as principais conquistas?
VM
–
O desafio é muito grande, mas avançamos muito em 2013. O Hospital Municipal
passou por reformas paliativas, 16 Unidades de Saúde do município estão sendo
reformadas e ampliadas, contratamos novos profissionais, entre médicos,
enfermeiros e agentes, e isso melhorou nossa capacidade de atendimento. O
número de médicos, por exemplo, cresceu 20% desde o início do ano até aqui.
Também aumentamos o número de enfermeiros, quase dobramos o número de agentes
de endemias e adquirimos 10 novas ambulâncias 0 km. É importante frisar que são
seis ambulâncias semi-UTIs e quatro ambulâncias UTIs, coisa que o município
nunca teve e tudo comprado com recurso próprio. Isto é um grande avanço. Também
criamos o Centro de Especialidades Integradas (CEI) e agora todas as consultas
com especialistas da rede pública podem ser feitas em um só lugar. Além disso,
foram adquiridos mais de 300 novos equipamentos para aparelhar o serviço de
saúde do município. Nos primeiros meses do ano que vem Parauapebas vai contar
com uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e duas
Unidades de Pronto Atendimento 24 h (UPAs), além de novas Unidades de Saúde que
iremos construir ao longo de 2014.
E
sobre o novo Hospital Municipal? Quando ele ficará pronto?
VM
– O Hospital Municipal já está em fase de acabamento da obra civil, que é a
parte da construção propriamente dita. O segundo e o terceiro piso já ficam
prontos neste mês e a previsão da Semob é finalizar tudo até março. Estamos em
conversa avançada com o Governo do Estado para tornar o nosso hospital um
Hospital Regional, referência em saúde no estado e com tudo que a população
precisa para ser bem atendida.
E
o que será feito com o prédio antigo?
VM
– O antigo prédio do hospital vai passar por uma grande reforma, que já começa
no início do ano, e continuar com os atendimentos à população. A parte mais
complexa do atendimento irá ocorrer no novo hospital e o prédio atual será
utilizado para os mais simples.
Parauapebas
cresceu muito nos últimos anos. Para muitas pessoas dos bairros mais distantes,
o acesso ao hospital é muito difícil. Existe alguma alternativa para facilitar
o acesso dessas pessoas ao serviço de saúde?
VM – Infelizmente, ainda existe em Parauapebas a cultura de procurar o Hospital Municipal para atendimentos mais simples, que podem ser realizados na atenção básica, ou seja, nas Unidades de Saúde distribuídas nos bairros da cidade e na zona rural. Ano que vem, vamos ampliar ainda mais o número de unidades para que mais bairros sejam contemplados e mais famílias tenham acesso aos serviços de saúde perto de suas casas. As duas UPAs 24 h serão construídas nesses novos bairros, uma no Beira Rio II e outra no Cidade Jardim, justamente para descentralizar o atendimento e ampliar a área de atendimento da saúde no município.
E
quanto às pessoas que precisam de tratamento fora do município?
VM
– Este ano, avançamos bastante nessa área, com destaque para duas ações. A
primeira delas foi o início da informatização do TFD (Tratamento Fora de
Domicílio), um sistema criado pelos próprios servidores da prefeitura que vai
garantir mais integração e agilidade nesse processo. Hoje, recebemos uma média
de 100 pedidos de tratamento fora de domicílio por dia, em um processo de
cadastramento manual. Com a informatização do TFD, os atendimentos estão mais
rápidos, o que aumenta a eficiência do serviço. Adquirimos também um ônibus para
conduzir os pacientes que precisam fazer hemodiálise em outros municípios, até
que o novo hospital fique pronto. Isso vai dar mais conforto para essas pessoas
que precisam sair de Parauapebas para fazer esse tratamento em outras cidades.
ÁGUA TRATADA
No
início do ano, Parauapebas enfrentava sérios problemas de distribuição de água
tratada. Como está a situação hoje e o que a prefeitura tem feito para resolver
essa situação?
VM
– Em 2013, trabalhamos muito para começar a resolver essa questão. Dobramos a
capacidade de abastecimento e distribuição de água no município e hoje mais de
40 milhões de metros cúbicos de água chegam às torneiras de Parauapebas todos
os dias. Além disso, já foram iniciados os serviços de construção de sistema de
captação, tratamento e distribuição de água no complexo Caetanópolis, para
atender a uma população estimada em 35 mil habitantes; cinco reservatórios com
capacidade para 2.500 m3 de água para atender às comunidades dos
bairros Jardim Canadá, Nova Vida, Betânia e Bela Vista, e os outros cinco com
capacidade para 200 m3 nos bairros e localidades Jardim Canadá, Céu
Azul, Jardim América, Distrito Industrial, Vila Sanção e Vila Paulo Fonteles.
Apesar
de tudo, o desperdício ainda é muito alto. O que fazer para reduzi-lo?
VM
– São aproximadamente 150 litros de água por pessoa desperdiçados a cada dia e isso
prejudica muito o abastecimento. Por isso, estamos realizando campanhas nas
escolas para educar as crianças sobre o assunto e temos equipes nas ruas
falando diretamente com a população. Mês passado, por exemplo, a campanha
“Desperdício Zero” percorreu as ruas da cidade todos os sábados para falar
desse assunto e saber a opinião das pessoas sobre o serviço, que foi bem
avaliado.
ZONA RURAL
O
agronegócio é apontado por pesquisadores como uma das alternativas econômicas
que Parauapebas pode desenvolver. Como seu governo tem investido nesse setor?
VM
– Neste ano, atendemos a mais de 1.200 famílias de produtores do campo. Foram
mais de mil hectares de destoca e enleiramento, mais de dois mil hectares de
gradeamento, duas mil toneladas de calcário, 26 toneladas de sementes de milho,
duas toneladas de sementes de feijão e 880 mil ramas de mandioca, 122 lotes
secos (grandes reservatórios para captar água da chuva e outras fontes), 86
tanques de piscicultura e entrega de tratores e implementos agrícolas para
atender às seis regiões da zona rural.
O
abastecimento de frutas e verduras na cidade ainda conta como principais
fornecedores comerciantes vindos de outros municípios. Com esses investimentos,
os produtores locais poderão reverter essa situação?
VM
– No início do ano, realizamos o Censo Agropecuário para levantar as principais
demandas e o perfil dos pequenos produtores. Dividimos a zona rural em seis
áreas para atender melhor as necessidades dos produtores e estamos trabalhando
todos os dias para melhorar a produção e a qualidade de vida daquelas pessoas.
Como resultado desse trabalho, não só iremos garantir mais competitividade aos
nossos produtores como também iremos aumentar a aquisição, por parte da
prefeitura, de produtos da nossa zona rural para a merenda escolar, por
exemplo.
INFRAESTRUTURA
E
quanto às obras de infraestrutura, o que foi feito?
VM
– Vou começar falando da zona rural, um trabalho que nunca havia sido
realizado. Foram quase 700 quilômetros de abertura e recuperação de estradas.
Quem tiver a oportunidade de ir lá vai ver a grande diferença. Temos recebido o
reconhecimento dos produtores e continuaremos trabalhando na zona rural. Na
cidade não foi diferente. Pavimentamos vias e implementamos a operação
tapa-buracos, que recuperou quase 10 mil m² de vias. Também estamos melhorando
a integração, abrindo e ligando vias, como é o caso da Rodovia PA 160 à PA 275,
no trecho que corta o Bairro Jardim Canadá, e a pavimentação da Rua F, que
interliga o Bairro Beira Rio II à PA 160, passando pelo Bairro Parque dos
Carajás. Também estamos construindo pontes para aumentar essa integração. Tudo
isso faz parte do plano de mobilidade urbana, que prevê a duplicação das
rodovias PA 160 e PA 275, da estrada Faruk Salmen e a construção da orla no Rio
Parauapebas, que já vamos começar no ano que vem.
Aproveito para desejar Feliz Natal e Próspero Ano
Novo a toda a população de Parauapebas, na certeza de que, juntos, faremos
muito mais em 2014. (Ascom PMP)
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