Uma equipe do Parque Zoobotânico Vale
(PZV) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) fez
na última terça-feira (15), em Parauapebas, a devolução de uma sucuri à
natureza. O animal, de 1,80 cm, recebeu alta após cinco meses de tratamento e
recuperação na área de quarentena do PZV.
A sucuri foi encaminhada ao Parque em
agosto do ano passado pelo ICMBio, com ferimentos causados após engolir um
anzol nos arredores de Parauapebas. A serpente passou por uma cirurgia para
retirar o objeto que estava preso na região do esôfago, numa operação bem
sucedida e, desde então, o espécime ficou sob os cuidados veterinários.
De acordo com o biólogo Josafá Chaves, o
período de cinco meses após a cirurgia em que a sucuri ficou em observação
antes de ser devolvida à natureza ocorreu porque animais deste tipo têm o
metabolismo muito lento para cicatrizar o ferimento.
Frederico Drumond, chefe do ICMBio em
Parauapebas, explica que, ao ser devolvida às matas da Flona, a cobra não corre
risco de morte, pois ela passou apenas cinco meses longe de seu habita natural.
Por sua vez, o veterinário André Mourão
esclarece que o procedimento cirúrgico efetuado na sucuri foi bastante simples,
em virtude de o anzol encontrado no ventre dela não ter atingido órgãos vitais
da serpente.
LENDAS
As sucuris são serpentes da família
Boidae, de hábitos aquáticos e de grande porte. As fêmeas são maiores que os
machos e atingem maturidade sexual por volta dos seis anos de idade. Há muitos
contos sobre ataques destas serpentes a seres humanos, no entanto, a maioria
dos casos é fantasiosa, principalmente no que diz respeito ao seu tamanho real.
A maior sucuri da qual se tem relato foi
encontrada no início do século XX pelo marechal Cândido Rondon, que, segundo a
fonte, media 11,5 cm. Contudo, a maioria das grandes sucuris apresenta de 5 a 6
metros de comprimento.
PARQUE
Inaugurado em março de 1985, o Parque Zoobotânico
Vale ocupa uma área na Floresta Amazônica de 30 hectares, localizada no coração
da Floresta Nacional de Carajás, unidade de conservação federal preservada e
fiscalizada pelo ICMBio, com o apoio da Vale.
O PZV é mantido e administrado pela Vale
e conta com veterinário, biólogo, identificador botânico, técnicos em meio
ambiente, técnico em enfermagem, tratadores e equipe administrativa. Dos 30
hectares que ocupa, apenas 30% foram utilizados para a construção de recintos e
área de apoio. O restante é floresta nativa.
O Parque mantém atualmente um plantel de
mais de 270 animais nativos da região amazônica. Entre as espécies existem
algumas ameaçadas de extinção, como onça-pintada, arara azul grande, ararajuba,
macaco-aranha-da-testa-branca e macaco cuxiú. O espaço contribui na conservação
das espécies, servindo como estoque genético e formando profissionais
especializados para trabalhar em benefício da fauna e da flora do Brasil. (Waldyr Silva, com informações da Assessoria
de Imprensa
da Vale e da TV Liberal)
da Vale e da TV Liberal)
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