quarta-feira, 21 de abril de 2010

Aneel realiza leilão de Belo Monte

Correio Brasiliense

Índios protestam contra a hidrelétrica

Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou nesta terça-feira (20) o leilão para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no Pará.

O consórcio liderado pela estatal de energia Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco) e a Queiroz Galvão ganhou o leilão para a concessão da hidrelétrica, com lance de R$ 78 o megawatt-hora, um deságio médio de 6% sobre o preço máximo estipulado (R$ 83).

De acordo com o consórcio, Belo Monte vai fornecer energia limpa e renovável com o menor custo para a sociedade.

Segundo a Eletrobrás, a hidrelétrica é uma das melhores opções para a ampliação do parque gerador brasileiro, pois permite grande produção de energia e apresenta condição favorável de integração com o sistema elétrico nacional.

A usina terá capacidade para gerar cerca de 11 mil megawatts. Será a segunda maior hidrelétrica do país, atrás apenas de Itaipu, e a terceira maior do mundo.

Estimada em cerca de R$ 20 bilhões, a obra é a maior do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A estimativa é que a hidrelétrica comece a gerar energia em 2015.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Fernando Ferro (PE), defendeu o leilão, afirmando que o projeto para Belo Monte caracteriza-se como um dos empreendimentos hidrelétricos de menor área inundada, com respeito ao meio ambiente e com geração de energia com cidadania.

"A hidrelétrica levará importantes contribuições para as populações originárias, com melhoria da qualidade de vida e promoção do desenvolvimento com sustentabilidade socioambiental”, defendeu o parlamentar.

Para o deputado federal Eduardo Valverde (PT-RO), a construção de Belo Monte quebra paradigmas. “É preciso acabar com essa história de que na Amazônia não pode haver hidrelétricas. Isso segue um discurso que não ajuda o Brasil e faz com que o país tenha um custo muito elevado para geração de energia. Se a usina for construída de acordo com o projeto e com a licença ambiental do Ibama, é uma obra alvissareira”, afirmou.

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