Os servidores da Agência de Defesa Agropecuária do
Estado do Pará (Adepará) prometem entrar em greve por tempo indeterminado, a
partir de meia noite desta terça-feira (3), em protesto contra a falta de
pagamento da gratificação prêmio produtividade. O benefício faz parte do plano
de carreira dos servidores do Estado, tornado lei em 2014 e que deveria ter
entrado em vigor em abril deste ano.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Setor
Agropecuário e Fundiário do Pará (Stafpa), em assembleia geral realizada no dia
7 de outubro passado, a categoria decidiu aguardar manifestação do governo de
Simão Jatene sobre possível negociação, mas não houve contato desde então.
“Estamos esperando a negociação desde abril, mas,
infelizmente, o governador não cumpre o seu papel e não nos restou alternativa
que não seja a greve geral”, informa Otoniel Chagas, presidente do Stafpa.
Ao todo, 772 servidores efetivos têm direito à
gratificação, que deveria ser paga quando há excedente na arrecadação do órgão.
Atualmente, esse valor extra é de aproximadamente R$ 940 mil, referente a 2014.
A Adepará é o órgão estadual responsável pela
inspeção de carnes em frigoríficos e abatedouros, assim como dos
hortifrutigranjeiros comercializados no Pará.
Além destes setores, a área administrativa também
aderiu à greve. Apenas o serviço de barreira de fronteira, responsável pelo
controle da entrada de animais no estado, terá as atividades mantidas.
Prejuízos
A greve poderá comprometer o abastecimento desses
produtos no mercado local, uma vez que somente os profissionais da Adepará
podem liberar carnes, frutas e legumes para o consumo. Além disso, influenciará
na receita do Pará, já que a agência é a terceira maior fonte arrecadadora,
perdendo apenas para o Departamento de Trânsito do Pará (Detran) e Secretaria
de Estado da Fazenda do Pará (Sefa).
Segundo Chagas, os servidores vão se concentrar, na
manhã de hoje, em frente à sede da Adepara, no bairro da Pedreira, para
esclarecer a sociedade sobre os motivos da greve.
Em nota, a Adepará diz que já informou ao sindicato
que o processo de regulamentação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações
está em andamento e que se dispõe em agilizar o pagamento aos servidores. Disse
ainda que manterá, durante a greve, as atividades de defesa agropecuária com o
menor prejuízo possível. (Lidemar
Oliveira/Diário do Pará)
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