A Floresta Nacional do Crepori, no Pará, receberá
ações de manejo e conservação. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
assinou, nesta sexta-feira (6), em Brasília, dois contratos de concessão
florestal na unidade, situada nas proximidades dos rios Madeira e Tapajós, em
área de influência da BR 163. O objetivo é promover ações capazes de combater o
desmatamento, além de promover o desenvolvimento sustentável e a inclusão
social dos moradores da região.
Integrantes das atividades de comemoração da Semana
do Meio Ambiente, que se encerra nesta sexta-feira, os dois contratos de
concessão florestal foram assinados em conjunto pelo MMA, Serviço Florestal
Brasileiro (SFB) e pela empresa paraense Brasad’Oc Timber, vencedora do
processo licitatório. “O objetivo central é viabilizar a inclusão social aliada
ao desenvolvimento sustentável. Esse modelo tem de ser feito em grande escala”,
declarou a ministra.
Produção
O manejo florestal sustentável poderá ser realizado
pela empresa na região do Crepori por 40 anos. As ações contemplarão duas
unidades, uma de 135 mil e outra de 60 mil hectares. A previsão é que a
produção nas áreas ultrapasse os 100 mil metros cúbicos de madeira por ano, uma
forma de aumentar a oferta de produto legal no mercado e contribuir para o
desenvolvimento sustentável da região.
A intenção é, também, trazer melhorias para a
população local. Segundo a ministra, além de promover a conservação ambiental e
o desenvolvimento, a concessão florestal deve trazer benefícios sociais. “Não
se pode trazer falsas expectativas para as pessoas. As medidas têm de se
traduzir em qualidade de vida para o povo e manter a floresta em pé”, alertou
Izabella Teixeira.
Saiba
mais
A Lei nº 11.284, de 2006, criou o mecanismo de
concessão florestal, além de permitir os governos federal, estaduais e
municipais a gerenciar o patrimônio florestal público com foco em uma economia
de bases sustentáveis. Sob esse regime, a vegetação das unidades permanece, já
que a única forma permitida de extração de madeira é por meio do manejo
florestal sustentável.
A partir daí, as comunidades são beneficiadas com a
geração de empregos, com o desenvolvimento social e econômico e com a
conservação dos recursos e manutenção dos serviços ambientais promovidos pela
floresta. Atualmente, existem no Brasil 480 mil hectares de florestas públicas
federais sob o regime de concessão. (Texto: Lucas
Tolentino; foto: Paulo de Araújo/MMA)
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