terça-feira, 8 de abril de 2008

Senador apóia luta do MST em Parauapebas

Fotos: Waldyr Silva

Senador reunido com vereadores


José Nery fala à imprensa

Acompanhado de assessores, o senador José Nery Azevedo (Psol-PA) esteve nesta segunda-feira (7) em Parauapebas, para prestar apoio aos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) na luta pela terra.
Antes de se reunir com as lideranças do MST, por voltas das 11 horas, o senador fez uma rápida visita à Câmara Municipal de Parauapebas, onde informalmente conversou com os dez vereadores e revelou o motivo da presença dele na região.
Alguns dos parlamentares condenaram a intenção de os trabalhadores ligados ao MST ameaçar ocupar propriedades particulares, como fazendas e até os trilhos da Estrada de Ferro Carajás, para pressionar os governos a atender reivindicações do movimento.
Depois da breve conversa com os vereadores, José Nery falou rapidamente à imprensa local, ratificando que veio à região prestar apoio aos colonos ligados ao Movimento dos Sem-Terra.
Indagado pela reportagem sobre sua opinião a respeito da ameaça de reocupação da ferrovia pelos trabalhadores rurais, o senador respondeu que o MST tem o direito de optar pelos melhores instrumentos para reivindicar melhoria às famílias dos agricultores, “pois está provado que o estado brasileiro, as grandes empresas e os grandes monopólios só atendem as reivindicações do povo quando este se organiza, se mobiliza e cobra seus direitos”.
O senador disse entender que para alguns a luta em busca dos direitos seja considerada como radicalismo. Para Nery, “o radicalismo é proporcionado por aqueles que acumulam milhões de reais e de dólares em lucros fabulosos e deixam o povo morrendo à míngua, morrendo de fome, e isso não é aceitável”, reclamou.
José Nery lamenta que hoje o conceito que se passa para a sociedade é que aquele que luta por seus direitos de forma intransigente seja radical e extremista e exerça prática terrorista. “O terrorismo que conhecemos é aquele que deixa milhares de famílias nas periferias das cidades e no campo sem ter direito a salário, moradia, educação e saúde”, protestou.
“Por isso, vim aqui em Parauapebas reunir com os colonos, ouvir seus queixumes e apoiar a luta desses trabalhadores que escolhem seus mecanismos de reação e pressão para fazer valer seus direitos”, finalizou o senador.

9 comentários:

Anônimo disse...
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Zé Dudu disse...

Muito me admira esse senador pára-quedista que se diz socialista dizer que veio à Parauapebas ouvir os queixumes dos colonos e apoiar a irresponsável manifestação do MST. Penso que ele só está vendo um lado da moeda. Enquanto os pseudo-anarquistas paralisam uma empresa que vem ano após ano dando lucro e trazendo divisas para o País, atrapalhando todo o restante da sociedade, os produtores, as intenções político-partidária do prefeito do partido a que pertence sua cadeira, ele só vê o lado que interessa a ele, ficar do lado dos sem-terras não significa estar apenas do lado que tem os votos. Se esse aprendiz de comunista quer ajudar e apoiar os "sem-terras" por que não vai à tribuna do senado brigar por uma reforma agrária mais justa, por uma melhor distribuição de renda, mostrar ao seu mandatário maior (LULA) que, "nunca na história desse país" os banqueiros ganharam tanto dinheiro e que não é dando uma miséria de bolsa disso, bolsa daquilo, que esse país vai melhorar.

www.ribamarribeirojunior.blogspot.com disse...

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Brasília, 9 de abril de 2008

A respeito das acusações de que ao apoiar o MST, o senador José Nery PSOL/PA estaria ferindo o Estado Democrático de Direito, cumpre esclarecer:

O senador José Nery lamenta as sucessivas tentativas de criminalizar os movimentos sociais no Pará.
É uma pena que muitos bandidos do colarinho branco não recebam, por parte da imprensa, o mesmo tratamento que vem sendo dado ao MST, movimento popular legítimo.

O senador reitera que apóia as reivindicações do MST e dos garimpeiros e torce para que haja sensibilidade de todos para a negociação.

O respeito ao Estado Democrático de Direito deve se caracterizar pelo cumprimento das leis, não apenas a lei do direito de propriedade, mas também a lei que determina a função social dessa mesma propriedade.

O senador apóia o movimento, mas não tem qualquer ingerência sobre as formas que o MST escolhe para fazer suas reivindicações.

Reitera, contudo, que para ele - mas do que as manifestações dos movimentos sociais - o que provoca caos, baderna e escuridão é a eterna arrogância e prepotência de empresas e governos que se recusam a sequer ouvir os movimentos sociais.

Por fim, o senador José Nery gostaria de esclarecer que não vê polêmica em sua ida ao Sul do Pará e apoio aos sem terra e garimpeiros, considerando-se sua história de vida e de seu partido, o Psol, sempre comprometidos com as causas sociais.

Polêmico seria se um representante do povo com essa história fosse ao sul do Pará levar apoio à Vale do Rio Doce.

Gabinete do Senador José Nery
Assessoria de Imprensa

Anônimo disse...

Muito me admira o Senhor José Eduardo defender os interesses da VALE que lucra, enquanto a regiao fica cada vez mais pobres.

E quanto a ter taxado o Senador de "paraquedista", fica claro o desconhecineto politico do Senhor Eduardo.

PARABÉNS AO SENADOR POR TER VINDO A PARAUAPEBAS E DEFENDER OS TRABALHADORES..

Zé Dudu disse...

Até concordo que com o perfil do senador ele nao possa dar apoio a Vale. Em post disse que a irresponsável manifestação dos sem terras prejudicaria a Vale e a população dos municípios onde o MST estava investindo, inclusive Parauapebas, onde seria prejudicada a administração de seu aliado Darci. Penso que ninguém tentou criminalizar os movimentos sociais no Pará e em nenhuma parte do Brasil. O que entendo por movimento social com certeza é bem diferente do que o nobre senador entende. Tem um ditado antigo que diz "quem fala o que quer, ouve o que nao quer". Senador, o senhor disse o que quis e agora tem que ficar se retratando. Que pena pois como eu disse vc deveria estar no plenário lutando pelas causas sociais e não se envolvendo em coisas que sua parceira(dona do seu mandato)está correndo léguas de Stedile e Cia.

Anônimo disse...

Minha velha mãe sempre me disse:

- Filho, quem anda com bandido, bandido é.

Quem apóia o errado não pode se defender dizendo o certo.

Anônimo disse...

Jose Eduardo ,no minimo voce deve esta mamando nas tetas da VALE,aqui em Brasilia sabemos de negociatas suspeitas da VALE, tais como o Emprestimo de 7,4 Bilhões obtido no BNDES de cujo o diretor do BNDES que lutou para liberar o dinhero, acaba de ser contratado,para uma diretoria da VALE, não é estranho?

Anônimo disse...

Expresso aqui minha indignação devido o presidente da VALE ter se referido aos garimpeiros de serra pelada na televisão de bandidos é muita falta de respeito .

Zé Dudu disse...

Caro Jonas, infelizmente não estou mamando em teta nenhuma da VALE, ainda assim, considero que quem mora nessa região vive por conta da Vale, a segunda maior mineradora do mundo, a maior geradora de empregos e divisas nessa região e impostos aos cofres do Brasil e se não fosse ela com certeza estariamos todos desempregados ou procurando emprego pelas bandas de Brasília como você.