terça-feira, 1 de setembro de 2015

Estado do Pará tem menor percentual de endividamento do país

Levantamento da Agência Brasil publicado nesta segunda-feira (31) mostra que o Pará mantém a menor relação dívida versus receita do Brasil, com um índice de 10,3% e crescimento de apenas 0,34% em seis meses. Isso significa que o estado pode contrair novos empréstimos, em até R$ 31 bilhões, com uma folga de 189,7%. É o melhor resultado entre os estados que tiveram as contas analisadas pelo Tesouro Nacional.

O resultado mostra que o Pará manteve, nos seis primeiros meses do ano, as contas públicas dentro da estabilidade. O estudo comparou a relação entre dívida consolidada líquida (DCL) e receita consolidada líquida (RCL). A DCL é tudo o que o governo deve, menos o que tem a receber. A RCL considera os valores que o estado arrecada, deduzindo as transferências para os municípios. Os dois indicadores excluem as receitas e os gastos com a previdência dos servidores públicos.
De janeiro a junho deste ano, o Pará contraiu, em empréstimos, o total de R$ 36 milhões, abaixo do limite permitido na legislação. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a resolução do Senado Federal determinam que a Dívida Consolidada Líquida (DCL) dos entes da federação não pode ultrapassar a 200% da Receita Corrente Líquida (RCL) apurada. O crescimento deve-se a vários fatores. O principal deles é a alta do dólar, que afetou o estoque da dívida externa, e as elevadas taxas de inflação no país, afetando a dívida interna do Estado, corrigida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).
Outro fator que influencia essa relação é o recuo na RCL do estado nesse período. Em valores constantes, a RCL recuou aproximadamente 2% até junho deste ano, em relação a dezembro do ano passado.
Capacidade
O secretário de Planejamento, José Colares, lembra que os resultados da receita e despesa são apresentados em audiência pública a cada quatro meses. “O relatório de gestão fiscal do primeiro quadrimestre de 2015, levado à Assembleia Legislativa em maio, demonstrou o desempenho do governo, deixando claro que a relação entre Dívida Consolidada Líquida e Receita Corrente Líquida se manteve estável, como se pode comprovar pelos números: a Resolução do Senado nº 40/ 2001 fixa o limite de endividamento em 200% da RCL – o Estado ficou em 9,62%”, relata.
O titular da Seplan lembra, ainda, que o estado manteve em 0,22% da receita corrente líquida o total de operações de crédito (o limite estabelecido pela Resolução 43/ 2002 é 16%), mantendo ainda em 0,73%, para um limite de 22%, o total de garantias para as operações. “Ou seja, a capacidade de endividamento do estado está muito abaixo dos limites estabelecidos. São números que garantem indubitavelmente resultados positivos diante da crise nacional”, avalia.

Leia aqui o estudo da Agência Brasil na íntegra e veja no anexo abaixo - e neste link, na página oficial do Governo do Pará no Facebook - os resultados por Estado e a situação do Pará, segundo o Tesouro Nacional. (Fonte: Agência Brasil)

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