Dos US$ 14,259 bilhões em exportações totais do
Estado do Pará em 2014, as indústrias de mineração e transformação mineral
responderam por 85% deste valor, segundo o Sindicato das Indústrias Minerais do
Estado do Pará (Simineral). Juntas, exportaram US$ 12,147 bilhões, fazendo do
setor mineral o grande vetor de crescimento do comércio exterior paraense. A
indústria de mineração contribuiu com US$ 9,909 bilhões (participação de 69,5%)
e a indústria de transformação com US$ 2,237 bilhões (participação de 15,7%).
Os principais produtos exportados pela indústria de
mineração do Pará foram ferro, gerando um lucro de US$ 7,466 bilhões, seguido
de cobre (US$ 1,366 bilhão), níquel (US$ 328 milhões), bauxita (US$ 224
milhões), caulim (US$ 206 milhões), manganês (US$ 176 milhões), silício (US$ 98
milhões) e ouro (US$ 37 milhões).
No ano passado, o minério de ferro foi o carro chefe
da produção e exportação mineral paraense. O Pará também se destacou na
produção de cobre, níquel, bauxita, caulim, manganês, silício e ouro. “O Pará é
hoje o segundo estado minerador do país. Acredito que, até 2016, estaremos
empatados com Minas Gerais e com condições de ultrapassá-lo. O Pará tem um
potencial enorme para se tornar um dos maiores centros mineradores do mundo.
Então, temos que mostrar para esse mesmo mundo que aqui na Amazônia se faz a
mineração mais moderna do planeta, em termos de equipamentos e processos
ambientais, com respeito ao meio ambiente e às comunidades. É esse o legado que
pretendemos deixar para as gerações futuras”, avalia o presidente do Simineral,
José Fernando Gomes Júnior.
Já a indústria de transformação mineral exportou,
principalmente, alumina, com US$ 1, 343 bilhão em negócios; alumínio, com US$
636 milhões; e ferro gusa, com US$ 180 milhões.
Os principais destinos da exportação mineral em 2014
foram China, Japão e Alemanha, representando os maiores mercados compradores de
bens minerais produzidos no Pará. As exportações para a China representaram 38%
das exportações totais de bens minerais do estado, com 66 milhões de toneladas
comercializados. Japão vem em seguida, com 10 milhões, e Alemanha com 8,1
milhões de toneladas. Outros países com representação no segmento foram Canadá,
República da Coreia do Sul, Estados Unidos e Noruega.
Arrecadação
A arrecadação da Compensação Financeira pela
Exploração de Recursos Minerais (Cfem), em 2014, foi de R$ 504 milhões.
Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá foram os municípios que mais receberam
royalties provenientes da indústria de mineração. Parauapebas recebeu 73,2% de
royalties, representando R$ 369 milhões. Os outros municípios ficaram bem
abaixo, entre 6,4 e 2%, entrando neste rol Oriximiná, Paragominas, Juruti e
Terra Santa.
Até 2020, a indústria mineral pretende investir US$
31,171 bilhões. Segundo o presidente, “destes, US$ 10,679 bilhões serão
investidos em infraestrutura, transporte, transformação mineral e outros
negócios, como a produção de biodiesel. E US$ 20,491 bilhões na indústria
extrativa mineral. Dentre os projetos, podemos destacar o S11D, que quando
estiver em pleno funcionamento, previsto para 2016, irá gerar mais de três mil
empregos diretos e produzirá 90 milhões de toneladas de minério de ferro por
ano, quase o equivalente à produção total das cinco minas a céu aberto que a
Vale possui na Serra Norte”.
Já com relação à geração de empregos, a cadeia
produtiva mineral, de acordo com as projeções do Simineral, respondeu por 281
mil empregos diretos e indiretos no Pará em 2014. Para cada emprego direto
criado na indústria de mineração, outros 13 postos de trabalho são criados ao
longo da cadeia produtiva. O crescimento correspondeu a 5%, comparado com 2013.
(Rosana Pinto)
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