A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, que acompanha o caso, solicitou à polícia que enquadrasse os envolvidos também em crime de discriminação.
De acordo com o assessor de Imprensa da Polícia Civil, Walrimar Santos, a mulher está sendo acusada criminalmente por agressões corporais leves. “O papel da Polícia Civil é investigar as causas do crime e os envolvidos. Quem vai decidir sob que crime ela será enquadrada é a justiça”, explicou.
Preconceito
Situações extremas como a vivida pelo atleta paraolímpico Rayfran Mesquita não são tão comuns entre os deficientes visuais, na opinião do professor Ronaldo Carvalho, da Escola Álvares de Azevedo, especializada em alunos do gênero. “No caso da recusa do passe livre, como passou a ser eletrônico, atualmente não temos mais problemas, mas já passamos muitas humilhações por isso”, relata.
Ele mesmo foi vítima de um caso parecido ao que aconteceu com Rayfran. Há alguns anos, Ronaldo teve seu passe confiscado por um fiscal de uma empresa de ônibus intermunicipal, por desconfiança. “Ele ficou com meu passe e mandou que eu fosse buscar na sede da empresa, mas quando fui demoraram três dias para me devolverem”, reclama.
O professor conta que há outros casos comuns de preconceito diariamente relatados pelos alunos da escola, entre estes a desconfiança, humilhação verbal, recusa em ajudar, até agressões físicas.
Uma das reclamações dos deficientes visuais é a falta de conscientização da sociedade. “Se você for esperar alguém ajudar a apanhar um ônibus, por exemplo, em 99% dos casos, ninguém ajuda. Não há uma solidariedade”, lamenta. (Fonte: Portal Amazônia)
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